Sofia e Bela

Lá estava ela delirando sobre a vida
hora sujo, hora limpo o tal jogo sem saída
Ó Sofia que se embriaga num gole de cosmos
Vendo hipopótamos flutuantes 
Dançando um doce ballet pelos ares
E lá na Via láctea 
ela Via a menina terráquea que brilhava na Lua,
vestindo um surrado vestido
e um velho coturno
Hora ela se transformava
e se vestia nua
Tão elegante nudez que por sua vez
não pensou e já era
O que ela fez? Escondeu-se numa cratera!
Mas como a menina terráquea é sonhadora
e até crê em contos de fadas
pegou um pé do coturno
não pensou em mais nada
e atirou-o em Saturno.
Menina difícil, esqueça!
Ela vive num mundo de ponta cabeça
Onde dar os pés é como dar as mãos
"Eis do coturno a reflexão."
Sofia tomou outro gole de cosmos, se questionou, e por fim se perguntou:
"Afinal, qual o nome dela?" - Assim, soprou palavras aos ares
e a resposta voltou,
seu nome era Bela.
Bela, a menina terráquea
o sapato que ela atirou achando ser uma Cinderela
A transformação do vestido à nudez,
total mutação à mercê
de sua fiel felicidade! 
Observando o Universo e casando-o ao verso
Sofia escutava Echoes num tom Pink, talvez Floyd
ela gostava de Debi
mas não de Lóide
apenas não tentem entender.
Mas que seu pai lhe deu tanta sabedoria, ele deu!
Grande e velho Freud.


Batosta


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