Realidade ausente
Molhe minha boca
num beijo suave
com gosto de vinho seco
Me encare de perto
O lance é tão certo
Quanto dois corpos ferventes num beco
Me esqueço dos erros
Perco meu medo
Ao sentir seus cabelos por entre meus dedos
O silêncio berrando
Você me olhando
Querendo saber sobre os meus segredos
Que aos poucos fui desvendando
Mas entre você e eu
O mistério foi mais verdadeiro
Naquela noite existia um costume
Sentir na minha boca
O gosto do seu perfume
Até que no dia seguinte
fui de encontro à realidade
(Deixo o fim desse verso por conta da ambiguidade)
E no futuro
A vontade do presente
E no presente
A vontade do futuro
Batosta
Comentários
Postar um comentário