O doce vazio

O vazio me deu um papel em branco
Pedindo para que eu lhe contasse
Do meu jeito, sem classe
Sobre a angústia, e que eu seja franco

Ele sabe que não minto
Escrevi que hora me perco, hora sorrio
Mas que ninguém melhor que o próprio vazio
Para saber o que hora sinto

Hora a felicidade me devora
Não quero que as horas passem
Mas se minhas paredes falassem
Me pediriam para vir embora

Ó doce vazio da ilusão
Quem és tu, quem eu ei de ser?
Isto terei de deixar em branco

Mas sei que uma flor irá florescer
Naquele vermelho barranco
Vazio do meu coração


Batosta


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